Há um ano
domingo, 21 de dezembro de 2008
Tua Ausência
A tua ausência
Ronda os espaços
Onde habito,
Como um anjo da dor
A sugar-me a vida.
E ela olha-me
De espreita.
Olha-me com os olhos negros
Me cegando a alma,
Me secando o ventre.
Roendo as cordas
Do tempo,
Ela segue muda
Me deixando surda
De tanto silêncio.
A tua ausência plena
Páira inerte
Sobre minha cabeça,
E fingindo pena de mim
Diz que existe
Pra que eu te esqueça.
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à flor da pele,
ainda aprendo a fazer poesia,
desafago,
desvairada
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2 comentários:
Precisas escrever mais e pensar/falar menos. Tuas criações são tão mais belas quando te põe verdadeiramente "a criar". A fila anda...
Um beijo imenso do teu pai (ainda) coruja.
pai, mas pela palavra é que se cria quase tudo. seja falada ou escrita, o importante é que é a partir dela que as coisas passam a existir de fato.
quem fala cria tanto quanto quem escreve, a diferença se dá apenas no que vc pretende (ou não)documentar.
mas desde já te digo. por mais belos que sejam, os documentos jamais retratam com perfeição a mente que os originou.
a mente é o infinito dentro de nós, pai.
te amo, coruja.
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