Há 7 meses
sexta-feira, 13 de março de 2009
Instante (música minha e de Rommel Ribeiro)
Vejo os instantes
Que se passam,
E eu aqui,
Parada, letárgica;
Com esse olho que não vê
E essa mão esquecida
Debaixo do queixo...
Aqui algo fundo
Pergunta por você...
E a espera densa,
Angústia intensa,
A esperança afogueada,
Em volta há menos que nada;
Uma sobra imensa
Do que não há...
Sinto que o instante
E toda espera
Não me leva a nada
Nada, nada, nada, nada, não!
Apenas ardem,
Como eu e você...
A gente já não passa
De um instante!
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O Riso que Depõe a Força
Vem rir comigo o teu riso
Tilinta transparente o teu flutuar
Bate o vento em teus cabelos
E o cheiro que perfuma o ar
Faz minha alma mais leve...
Anjo feito homem
Lanças teu olhar fugidio
E tudo faz-se belo
E tudo clareia até brilhar!
Dá-me a seiva profana
Desta tua boca celestial
E faz-me beber até a última gota
Desta loucura
Que me traz tanta paz...
E me faz mansa, morna e tranquila
Que preciso descansar
Depois de tanta sorte!
Vem e silencia o grito abafado
Por amor
Que me estoura o peito,
E cala meu corpo com tuas mãos...
Vem rir comigo teu riso róseo
E me revela a face sublime
Desta paixão!
Ah, meu amor!
Afrouxa minhas pernas ansiosas
Devolve a ternura dos meus quadris...
Que já estou farta,
Já me sinto gasta,
Já estou torta
De tanta força bruta!
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Se Ele Voltar
Sei que vocês vão dizer
Que de tanto amar
Eu deixei de viver
Que a dor desse amor
Me roubou a razão
Que é pouco de mim
O que sobrou, desde então;
Sei que é loucura querer
Mas já me esquivei
E o destino não quis
Que longe desse amor
Eu fosse feliz
E agora o que resta
É somente aceitar;
Deixem que eu fuja de mim!
Se não, vou explodir
Vou gritar, vou morrer!
A saudade que dá
Não consigo conter
Aquele olhar levou
Toda a minha paz...
Ah! Mas se ele voltar
Pode o mundo ruir
Pode o céu se acabar
Me canso de sorrir
E até de cantar
Mas nunca
Me canso de perdoar!
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O Grão de Nós
Há de existir algum lugar para nós.
Nalgum ponto perdido, em alguma amplidão sem rumo nem caminho conhecido, haverá o nosso lugar.
Nele florescerá o avesso de toda distância que nos massacrou. Serão suprimidos e varridos para quilômetros de nós todo abismo e toda perda. Não haverá mais dores nem desenlaces, nem saudades, nem solidões veladas. Apenas a luz viva dos nossos olhos a se fitarem, marcados de sonhos que renascerão intactos, como o Sol que após a tempestade emprenha a terra de vida e esperança.
E seremos eu e tu imensamente um só. Uma semente de felicidade adornada pelo brilho das estrelas, abraçada pelo infinito universo. E seremos nós um grão genuíno e imperturbável de paz imperando humilde no tão aterrorizante caos, ou no mais remoto nada...
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voltejando
Urgente
Se eu tiver de amar
Que seja agora!
Que seja enorme
E não triste como outrora
Que seja suave
Alegre e constante
Brisa fresca e verdejante
A rebuscar-me o rosto
Que seja urgente
Que seja supremo
Que seja sereno
Como um conto de verão
E que este amor
Ainda que não dure
Me marque e me fure
Bem forte e profundo
Que é também com a dor
Com a lágrima e o tremor
Que se faz de num só segundo
O maior amor do mundo!
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