sexta-feira, 13 de março de 2009

Urgente



Se eu tiver de amar
Que seja agora!
Que seja enorme
E não triste como outrora

Que seja suave
Alegre e constante
Brisa fresca e verdejante
A rebuscar-me o rosto

Que seja urgente
Que seja supremo
Que seja sereno
Como um conto de verão

E que este amor
Ainda que não dure
Me marque e me fure
Bem forte e profundo

Que é também com a dor
Com a lágrima e o tremor
Que se faz de num só segundo
O maior amor do mundo!

Um comentário:

Hugo Carvalho disse...

Fácil ou difícil?!
Com vergonha ou sem vergonha?
Não importa.
O que nos move é a vontade de escrever, de "por" e não querer "expor".

Essa vontade compulsiva de a cada dia fazer novos "eu" de papel e tinta. "Eu" que vive, que tenta do modo mais "melífluo" garantir a preservação de um momento ou sentimento que jamais pode ser esquecido.

Escrever, escrever sem parar, sem pensar, somente escrever.
Deixando-se livre de pensamentos, movendo-se apenas por sentimentos.

Na ponta dos dedos. Assim são feitos os melhores, os inesquecíveis, os bastante, assim são aqueles que nos fazem viver um momento único, só nosso, onde só nós podemos compreender a sua total complexidade.

Amor, um amor do intrínseco
Do implícito que sofre por não ser explícito.

Sofre por sofrer e sofre sozinho.

Sofre no momento mais íntimo e pessoal, onde só se faz necessário "nós" para que assim se alcançe o prazer, conseguindo então de maneira inesquecível e perpétua, transformar o "SEU" em "EU", um só.

Hugo Carvalho




Um tempo atrás me disseram que o sofrimento nos conduz de modo a alcançar a plenitude do amor.

De toda forma, que o amor sempre seja "o maior amor do mundo", um amor tão belo que marca e fura, pois de sua leitura aos olhos sempre consegue encantar!

Muito bom ter lido a este seu "eu" de algum dia e que agora se faz "seu".

Grande Abraço,
Hugo