segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Metrô

Descompasso, contra o passo
Todos são no turbilhão
Desconexos, incompletos
Peixes sós na confusão

Pantelmintos no labirinto
Nas certezas de ilusão
São castelos, fortalezas
São reféns da solidão

Tanto indo quanto vindo
Rumo a toda direção
São vulgares, são lugares
Aonde sonhos nunca vão

São prelúdios absurdos
Nunca aos pares, nunca irmãos
Tão confuso é o fuso
No pulsar da multidão.

Nathalia Ferro.

4 comentários:

Anônimo disse...

Tu estas cada vez melhor!

A. Ferro disse...

Perfeito e frenetico como deve ser.

it's a small world after all disse...

adorei o poema do metro... :o)
beijos

Sagaz disse...

Meu preferido até agora!