segunda-feira, 2 de julho de 2007

Nada Como Um Amigo


Nada como um amigo verdadeiro... Aquele que surge quando estamos perdidos na névoa escura da desilusão e ao nos estender a mão nos devolve a fé, o ar e o sorriso. Nada como um amigo que compartilha conosco até o silêncio e que consegue desprover de necessidade as colocações. Aquele que nos entende e nos decifra no mais simples mirar de seus olhos.
Nada como um amigo que tem no sorriso aquele som que desopila a mente, aquele soar transparente que nos desafoga a alma, que expulsa toda angústia de nosso peito.
Nada como um amigo que nos abraça no momento do dissabor, aquele que faz do nosso pranto o dele e que enxuga sôfrego nossas lágrimas, tendo na face consternada a expressão de que sinceramente gostaria que aquilo fosse com ele, e não conosco...
Nada como ter um amigo que se sabe ser um abrigo forjado em mão e peito, aonde quer que estejamos. Alguém que nos ama, apesar de nós mesmos.
Nada, lhes digo convicta, nada como um amigo que podemos chamar de “meu melhor”, porque é ele que, naquela bendita hora do conselho, adianta o fluxo das nossas idéias e nos faz sempre encontrar um caminho de fazermos exatamente aquilo que queremos, se é esse o meio de sermos felizes.
Nada como um ser que torce afoito e apaixonado por nossa vitória, e de nós recebe trêmulo uma novidade feliz, como um prêmio, uma condecoração em forma de notícia. E que vai sentir orgulho por nós, mesmo que tenhamos como patrimônio somente o jeito certeiro de fazê-lo sorrir.
Nada como um amigo que queira saber de nossos segredos só para guardá-los como valiosos tesouros que só nós
e ele sabemos onde estão. Que seja capaz de saber da mais escabrosa de nossas verdades e ainda assim seja sincero para se horrorizar até que ele mesmo se convença que não é nada demais, que apesar disso (e de tudo mais) somos pessoas especiais. Nada como alguém capaz de mentir por nós se for o caso, e que nos defenda e que nos prometa que nunca mais vai fazer isso se não tomarmos jeito, mas que sabemos jamais ser capaz de cumprir tal promessa.
Nada como um amigo que chore sofrida e compulsivamente o momento enorme e inesperado da nossa morte (porque os amigos sempre acham que a gente vai sobreviver)... E que depois de extinto o pranto, na hora de um susto ou daquela admiração súbita, lance a nós seu pensamento, e se lamente por não estarmos ao seu lado para fazer render o assunto. E nos leve consigo como presença constante, e saiba que estaremos nele, sim, dissolvidos em seu sangue e resguardados seguros no espaço gigante de seu coração.
Nada como um amigo que por nada ou por qualquer coisa seja leal e esteja conosco... Porque a vida é tão breve... E, nesse desmantelo todo, o amigo real, o nosso irmão dileto, é o companheiro tão desinteressado e sincero, a edificar conosco a obra mais ousada, que é transformar o minúsculo tempo que temos em tempo feliz, tempo leve, tempo que valeu a pena viver e que vai existir... A despeito de se perder em si mesmo.

Um comentário:

Fernanda Bogéa ੴ•●•٠·˙ disse...

Minha Amiga! vc é especial demais! obrigada por mais uma vez fazer parte da minha historia de vida! te amo/1